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  • Foto do escritorTieta Macau

Assovio de fim de mundo



“O fim que se anuncia é o começo. Aqui renasce outras vidas interessantes: monstras e inumanas. Filhas da seiva celeste da imanência. Parto do apocalipse. A luz faz, nascida dos inumanos ventres.”

ASSOVIO


Assovio do fim do mundo. Aqui eu divinal, parideira e benzedeira aviso o fim. Aviso do fim. As trombetas ressoam, reverberam os gritos das bucetas quentes e pretas. Assovio do fim. Minha vó dizia que assovio a noite chama cobra, as que com tamanha sabedoria são visitas indesejadas. Mantra anti a corporação patriarcal. Assovio. E faço o convite, a volta completa do anel!

TROMBETAS


Trombetas que convidam o apocalipse. E o que o virá depois? O Anúncio da terra, a vida nova nascida e não humana, parida das quentes bucetas pretas de todas as corpas que se dizem e querem mulher-ser. Não a mulher humanizada, essa não. A mulher trombeta anúncio de fim, a que pare os apocalipses e principia o grande começo. O começo.


GRITO

Começo. Onde os navios negreiros são engolidos por mares, onde o mastro não se levanta pra chibatas, mas para festas divinais. O começo onde céu e o inferno e nenhum maniqueísmo da corporação fajuta capitalista do velho mundo impera. As trombetas ressoam, convocam os gritos das bucetas quentes e cabeludas. Parideiras das serpentes.


O PLANTIO


O que está para nascer virá como nova forma inumana de existência. Formas divinais, nascidas, paridas e plantadas, como essa profecia que agora ressurge desse útero preto. Divinal. Paridor. Paridor do que cria e dança. Divinal. O começo.

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